Sentia o meu arco que
Me excluía do mundo
Num sentimento profundo,
Que marcava a minha existência!
Quando fui um violino,
As cordas soavam
Bem alto para que
O mundo ouvisse
Tudo aquilo que eu sentisse.
Quando fui um violino,
Arco em cordas
Que lembravam a trepadeira
Da minha insignificante vida,
Sou um objecto, uma ferida.
Quando fui um violino,
Disse adeus à vida,
O som soou mais alto
Como um sobressalto,
Foi a minha despedida.
Eliana Ferreira
[Trabalho de Literatura Portuguesa, 2008]
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